Testes bioquímicos maternos
Os testes bioquímicos são exames que avaliam hormônios e proteínas produzidos na gestação e que circulam no sangue materno. Portanto são avaliados através de exame de sangue da gestante. Podem ser realizados no primeiro e segundo trimestres e demonstram o risco gestacional para fetos com trissomias, em especial a trissomia 21 – síndrome de Down, bem como o risco gestacional para malformações estruturais, insuficiência placentária, pré-eclâmpsia, restrição de crescimento e óbito fetal.
No primeiro trimestre são utilizados principalmente o hormônio B-hCG (fração livre) e uma proteína específica da gestação chamada PAPP-A (sigla em inglês que significa proteína plasmática A da gestação). No segundo trimestre são utilizados o B-hCG, alfafetoproteína (AFP), estriol e inibina.
A quantificação destes produtos na circulação materna varia de acordo com a raça, peso materno, fumo, diabetes, realização de fertilização “in vitro” e sangramento na gestação.
IMPORTANTE: A avaliação dos marcadores bioquímicos tem como objetivo estimar um risco fetal para alterações cromossômicas, anomalias estruturais e complicações gestacionais. Dessa forma, o estudo dos marcadores não é um teste diagnóstico (que fala se o feto tem ou não uma alteração cromossômica ou malformação) e sim um teste de seleção das gestantes que merecem maior atenção. Se o resultado do rastreamento bioquímico for considerado negativo, a chance de a gestação ter uma complicação é baixa. Se o resultado do rastreamento bioquímico for positivo, a chance de uma complicação gestacional está aumentada, porém isto não significa que ela ocorrerá. Testes ´positivos servem para chamar a atenção para realização de exames complementares e maior atenção com a gestante e com o feto. Os resultados dos testes bioquímicos devem sempre ser discutidos com o casal, e a conduta a ser tomada deverá ser compartilhada entre a equipe médica e os pais.